Em entrevista ao Correio do Cartaxo, o presidente da Câmara Municipal, João Heitor, explica que encontrou, há um ano, quando tomou posse, um “município com uma condição financeira e com os recursos humanos muito frágeis, com muitas carências”.

Para já, garante, estas dificuldades estão a ser ultrapassadas, embora com algumas condicionantes, não só devido ao Orçamento de Estado, mas também devido ao Fundo de Apoio Municipal (FAM). Contudo, João Heitor não deixa de salientar o “trabalho exemplar dos trabalhadores” da autarquia, e sublinha que, graças a eles, é que tem sido possível concretizar pequenos objetivos, como por exemplo no Urbanismo.

“No que diz respeito ao Urbanismo, nós encontrámos imensos processos atrasados, e a estrutura estava e está ainda carente de recursos e também de alguma organização”, exemplifica o autarca, explicando que, nesta área, os recursos humanos foram reforçados, de forma a acelerar os processos pendentes. “Estamos a conseguir despachar muito mais, estamos a conseguir resolver mais depressa e estamos já a iniciar um processo de digitalização dos processos”, explica João Heitor.

O presidente da Câmara do Cartaxo admite que “são muito poucas as áreas onde não há carências” de recursos humanos, e que estas são transversais, que tanto dizem “respeito à capacidade operacional, como à administrativa ou técnica”. Para já, acrescenta o autarca, já se procedeu a uma alteração da estrutura orgânica da autarquia, de forma a reorganizar algumas áreas onde há lacunas.

Ao mesmo tempo, o mesmo salienta também “as evoluções bastante positivas na nossa capacidade de resolver os problemas das pessoas”, mas assegura que os problemas têm de se ir resolvendo. “Temos que ter ordem, método e disciplina na forma como resolvemos os temas”, alerta o presidente da Câmara do Cartaxo, salientando que existem prioridades que devem ser resolvidas em primeiro lugar.

No entanto, João Heitor garante que está a “resolver os problemas das pessoas”, e espera melhorar essa capacidade no futuro, não só pelos munícipes, mas também para levar à recuperação económica e financeira” do Cartaxo. “Se nós resolvermos os problemas das pessoas, elas acabam por pagar as suas taxas e conseguimos criar uma economia circular, porque as pessoas resolvem os seus problemas, acontecem obras, acontecem empregos e acontecem negócios e é isso que a nossa economia e o nosso
território precisa”, finaliza.