A Câmara Municipal do Cartaxo construiu um projeto para as aldeias de Valada e da Palhota, com o objetivo de valorizar a identidade da comunidade ribeirinha. O projeto integra um conjunto de ações a curto, médio e longo prazo com vista à proteção e valorização do ecossistema ribeirinho.
Nestas ações, explica a autarquia em comunicado, pretende-se envolver parceiros públicos e privados (locais, regionais e nacionais). O projeto vai permitir a recuperação de património edificado e a sua utilização para novos fins, de forma a trazer àquelas duas aldeias visitantes de todas as gerações.
Com esta iniciativa, a Câmara do Cartaxo pretende valorizar a Cultura Avieira, trazer a prática científica como fator de promoção do conhecimento sobre o Rio Tejo e sobre a identidade das comunidades que vivem nas suas margens ou sensibilizar para a importância da preservação da biodiversidade na criação de atratividade turística.
Com enfoque na comunidade educativa e na ciência como força aglutinadora, o projeto já foi apresentado aos agrupamentos de escolas do concelho, sendo que o mesmo teve início com o apoio prestado aos agrupamentos para as suas candidaturas ao projeto Escola Ciência Viva, aprovadas em fevereiro.
Ao mesmo tempo, a autarquia já encetou contactos com diversos parceiros cuja ação e conhecimento poderão ser relevantes para o cumprimento dos objetivos a que o projeto se propõe. A Conferência Ibérica do Tejo, a Associação Palhota Viva ou a Junta de Freguesia de Valada, são alguns dos parceiros que já “conhecem o projeto de modo global”, como explica a vereadora Maria de Fátima Vinagre, responsável pelo pelouro da Educação.
“O envolvimento dos parceiros educativos, dos decisores locais, tanto quanto de universidades e associações que têm na sustentabilidade ambiental e na preservação da biodiversidade o seu foco de ação, é essencial para garantirmos rigor científico, a par de relevância para a comunidade”, acrescenta a autarca.
Ao longo dos próximos meses, a Câmara Municipal prevê que tenham início as primeiras atividades do projeto, e que envolvem aulas de ciências com saídas de campo para recolha de amostras junto ao Tejo e análise laboratorial, assim como diversos workshops com vista à valorização da cultura da comunidade ribeirinha, visionamento de filmes, visitas guiadas à Aldeia da Palhota ou concursos ligados à prática artística.